“Uma em cada quatro pessoas terá um AVC durante a vida. O problema de saúde é grave e afeta homens e mulheres, cada vez mais jovens”, alertou o neurocirurgião Eric Paschoal, que integra a equipe médica do hospital Ophir Loyola. Ele foi o convidado para encerrar o ciclo de palestras sobre saúde programada pelo Departamento de Bem Estar Social (DBES), da Assembleia Legislativa.
O tema foi Acidente Vascular Cerebral (AVC), para orientar os servidores da Alepa sobre prevenção, principais sintomas e dicas sobre diagnóstico e tratamentos. O tema foi escolhido em alusão ao Dia Mundial do AVC, que foi comemorado no dia 29 de outubro.
O AVC é considerado pela OMS uma epidemia global que ameaça a vida, a saúde e a qualidade de vida. “É uma doença difícil de tratar porque é individualizada, cada pessoa terá suas próprias características quando afetada pela doença que causa comprometimento dos vasos sanguíneos intracranianos”, explicou o médico. Por isso, a prevenção é fundamental.
Existem diversos fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC):
- Fatores comportamentais: uso excessivo de álcool, tabagismo, sedentarismo, dietas inadequadas
- Fatores de saúde: hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, doença cardíaca
- Outros fatores: idade avançada, histórico familiar, ser do sexo masculino, apneia do sono, fibrilação atrial , saúde mental (estresse, depressão, raiva, ansiedade).
Alguns fatores de risco não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros, no entanto, podem ser controlados, como: Não fumar, não consumir álcool, não fazer uso de drogas ilícitas, manter alimentação saudável, manter o peso ideal, beber bastante água, praticar atividades físicas regularmente, manter a pressão sob controle e manter a glicose sob controle
“Todos nós sabemos o que é correto fazer, as recomendações sobre hábitos de vida saudáveis, mas nem todos podemos fazer isso. Mas ressalto a importância de sermos multiplicadores dessas informações para ajudar quem está a nossa volta”, destacou a diretora do DBES, Karla Lobato.
“É muito importante lembrar que 90% desses derrames podem ser evitados com algumas medidas e um estilo de vida saudável”, lembrou o neurocirurgião. Eric Paschoal lembrou da Lei aprovada na Alepa, criando o Dia Estadual de Combate ao AVC, de autoria do presidente do poder Executivo, deputado Chicão.
No caso da pessoa sofrer um AVC, quanto mais rápido for diagnosticado e receber o atendimento, maiores as chances de salvar vidas e prevenir sequelas.
O cardiologista Eduardo Costa acompanhou a palestra do neurocirurgião Eric Paschoal e elogiou a iniciativa do DBES. “Sou médico há 45 anos, quando me formei, casos de infarto e de AVC não tínhamos muito o que fazer para tratar o paciente. Hoje, temos tratamentos. Mas essa chamada de atenção, disponibilizar informações corretas e seguras é muito importante”, avaliou.
Veja como identificar e ajudar alguém que estiver sofrendo um AVC:
Peça para a pessoa SORRIR e observe se a boca está torta
ABRACE a pessoa e verifique se um dos braços está com fraqueza
Peça para a pessoa CANTAR e atenção se ela apresenta dificuldades na fala
Ligue para a emergência e procure assistência médica se perceber esses sinais
- Reportagem: Dina Santos- AID - Comunicação Social
- Edição: Dina Santos- AID - Comunicação Social
- FONTE: ALEPA - PA