O QUE É ANEURISMA CEREBRAL?
Um aneurisma cerebral é uma dilatação que se forma na parede de um vaso sanguíneo cerebral que leva o sangue oxigenado ao cérebro, conhecido como artéria. Esse tipo de lesão pode ser encontrado em 1 a cada 50 pessoas.
A lesão é mais frequente entre os asiáticos e Finlandeses, por este motivo uma forte influência ancestral é identificada por isso a origem étnica pode ser uma pista das pessoas com maior possibilidade de possuir esse diagnóstico.
POR QUE UM ANEURISMA CEREBRAL É PERIGOSO?
Essa saculação (abaulamento)da artéria pode ter um rompimento causando um tipo de acidente vascular cerebral hemorrágico conhecido como hemorragia subaracnóidea ou meníngea.
Esse tipo de sangramento representa 5% entre os casos de AVC, mas a mortalidade muito elevada podendo chegar até 60% devido as complicações inflamatórias que a doença determina no cérebro.
A doença é tão grave que os pacientes quando são salvos após o sangramento podem cursar com algum grau de sequela em até 85%. Por este motivo quando diagnosticado um aneurisma sem rompimento é importante procurar um especialista habituado e com experiência no tratamento destas lesões.
COMO SE FORMA UM ANEURISMA CEREBRAL?
A saculação é adquirida e ocorre de forma múltipla em até ¼ dos casos. A lesão surge a partir de um gatilho de susceptibilidade genética que determina na parede do vaso acometido um processo inflamatório, que quando é piorado pode determinar o seu rompimento.
O aneurisma cerebral surge devido a uma fragilidade na parede da artéria, isso ocorre devido a uma série de fatores entre eles: uma parede mais fina do que em outras artérias do corpo; a susceptibilidade genética individual; o infiltrado inflamatório na parede do vaso.
Entre outros fatores que influenciam estão: tabagismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, sedentarismo, etilismo, colesterol alto assim como doenças genéticas (Doença de Marfan, Doença de Ehlers Danlos, Doença Renal Policística).
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QUAIS OS SINTOMAS DE UM ANEURISMA CEREBRAL?
A cefaléia (dor de cabeça) é um sintoma bastante comum, podendo ter inúmeras apresentações. Desde uma leve dor na região nucal ou atrás do olho até uma dor com apresentação repentina como um episódio sugestivo de um sangramento na cabeça.
A dor de cabeça representa um alerta que pode quando estar associada a um aneurisma cerebral, representar em um aviso a ser investigado como um sinal de alerta.
Entre outros sintomas destacam-se: sintomas compressivos em nervos cranianos, determinando alterações na visão ou até mesmo sintomas inespecíficos como tontura entre outros.
COMO É O TRATAMENTO DE UM ANEURISMA CEREBRAL?
O tratamento pode ser através do acompanhamento sem a necessidade de cirurgia devido a localização e o pequeno tamanho. No entanto, a maioria necessita de cirurgia que pode ser dividida, em casos submetidos a microcirurgia ou a embolização (cirurgia através do cateterismo). O tratamento através da microcirurgia ocorre através da clipagem (uso de um clipe ou grampo) para ocluir o aneurisma cerebral por fora do vaso. Enquanto a embolização pode ser feita através da oclusão da saculação com o uso de espirais no interior ou ate mesmo através de malhas tubulares que reconstroem a luz do vaso (Stent). 
De um modo geral, o melhor profissional para opinar sobre a melhor forma de tratamento é o especialista que tenha experiência com ambos os métodos, sendo considerado um neurocirurgião híbrido.
QUAIS OS EXAMES MAIS UTILIZADOS PARA DIAGNOSTICAR UM ANEURISMA CEREBRAL?
Como se trata de uma doença que surge na parede do vaso, as lesões conseguem ser visualizadas em uma tomografia computadorizada (TC) de crânio quando atingem um diâmetro de 20 mm.
De um modo geral, exames que estudam os vasos cerebrais são mais fidedignos para afirmar se um paciente possui ou não um aneurisma cerebral de forma eletiva, entre eles destacam-se: angiotomografia ou angioressonância. Porém o padrão ouro é uma angiografia cerebral por subtração digital (cateterismo ou DSA) com técnica 3D e/ou 4D em aparelhos de hemodinâmica.
Existem técnicas de ressonância magnética com e sem contraste que podem auxiliar na inferência de um aneurisma ter maior ou menor chance de sangramento, demonstrando o achado da inflamação na parede da lesão. A técnica é uma inovação tecnológica e pode contribuir para individualização do tratamento.
O uso da genética/ biologia molecular também podem contribuir para individualizar o tratamento determinando quais os genes estão presentes e a maior chance de sangrar.
Nas situações de urgência, a suspeita de um aneurisma faz com que exames entre a coleta de liquor cefalorraquidiano (LCR)ou até uma ressonância magnética pode ser necessários para rastrear uma suspeita de sangramento não observado no exame de TC de crânio.
FOLDER DIGITAL ANEURISMA CEREBRAL
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