Ameba

Ameba "comedora de cérebro": entenda o que é esse protozoário letal

Protozoário Naegleria fowleri vive em águas quentes e não tratadas, e infecta seres humanos ao entrar pelas cavidades nasais. Saiba mais

 Neste ano (2021), o Departamento de Saúde da Flórida, nos Estados Unidos, confirmou um caso de ameba "comedora de cérebro" na região. Esta não é a primeira vez que alguém infectado pela doença vira notícia — em setembro de 2019, uma menina de 10 anos que morreu após contrair a doença, também nos Estados Unidos.

Mas, afinal, o que é a tal ameba "comedora de cérebro"? Confira a seguir o que é o microrganismo e quais problemas ele pode vir a gerar para os seres humanos.

1. O que é?

A ameba "comedora de cérebro" é um protozoário conhecido cientificamente como Naegleria fowleri. Ele é um microrganismo de vida livre, ou seja, pode viver "solto por aí" e não depende necessariamente de um hospedeiro humano.

2. Entenda a infecção

O protozoário é comumente encontrado no solo e em locais de água doce quente, como lagos, rios e fontes termais. A infecção pelo microrganismo geralmente se dá quando a água contaminada entra pelo nariz da pessoa. Uma vez dentro do organismo, a N. Fowleri atinge o cérebro, causando uma doença conhecida como Meningoencefalite Amebiana Primária, que pode ser fatal.

3. Conheça os sintomas

Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a enfermidade se manifesta, inicialmente, a partir da perda de olfato e paladar, que ocorre cerca de cinco dias após a infecção. Em seguida, como o protozoário continua a migrar pelo tecido nervoso, uma resposta imunológica é desencadeada, resultando em uma inflamação do cérebro que gera rigidez do pescoço e dor de cabeça. À medida que a infecção progride, sintomas secundários surgem, como alucinações e convulsões. Eventualmente, o aumento da pressão craniana gerada pela inflamação pode levar à morte.

Ameba comedora de cérebro: 6 fatos para conhecer o parasita. Acima: diferentes fases da ameba Naegleria fowleri
(Foto: Wikimedia commons)

4. Doença rara

A boa notícia é que o problema é raro: entre 2006 e 2016, apenas 40 casos foram reportados nos Estados Unidos, segundo o CDC. No Brasil não há registros recentes de contaminação por Naegleria fowleri.

5. Tratamento

De acordo com o CDC, a taxa de fatalidade da doença chega a 97%. Há pouco ou nada que se possa fazer para ajudar os pacientes diagnosticados a Meningoencefalite Amebiana Primária. No entanto, um tratamento à base de miltefosina, medicamento experimental para leishmaniose, tem sido testado e se mostrou promissor.

6. Prevenção

A recomendação dos especialistas para evitar a contaminação é evitar o contato com águas que possam estar contaminadas, como piscinas inadequadamente cloradas ou mesmo água de torneira que não tenha sido tratada. Ao nadar em lagos e rios, é indicado utilizar proteção nasal.

FONTE: REVISTA GALILEU SAÚDE

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *